Recortes: Festival João Rock 2012

A 11ª edição do Festival João Rock, que aconteceu no último sábado (23/06), certamente vai ficar na memória das 25 mil pessoas que acompanharam o evento de perto, além das incontáveis que assistiram a transmissão, ao vivo, pela Multishow. Mais uma vez Ribeirão Preto mostrou que não fica devendo quando o assunto é festival. Confira algumas fotos:

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Além da parceria com a Multishow, também foi a primeira vez que o festival abriu espaço para bandas independentes, que se apresentaram no Palco Universitário Fora do Eixo. Vale parabenizar o Coletivo Fuligem, responsável pela organização desse palco, além de outras iniciativas na cidade, que sempre valorizam a cultura como um todo.

Este ano o esquema de shows do Palco Principal fluiu muito bem. Os artistas se revezaram entre dois palcos e os intervalos foram bem curtos, o que tornou os shows mais dinâmicos e a programação menos cansativa.

O Varal Diverso espera que o João Rock melhore cada vez mais e que continue inovando, abrindo espaço para novas musicalidades, porque, ao contrário do que se espera do rótulo pop rock, a música brasileira pode e deve ir muito além dessa simples definição.

Confira mais vídeos na playlist!

João Rock 2012: emplacando no Brasil

Em sua 11ª edição, o festival João Rock apresenta boas novidades. Pela primeira vez o festival será transmitido ao vivo pela Multishow, e terá um palco exclusivo para bandas independentes, o palco Universitário Fora do Eixo, uma parceria entre o João Rock e o Circuito Fora do Eixo — representado pelo Coletivo Fuligem. Outra inovação são os dois super palcos, posicionados lado a lado, por onde passarão as principais atrações deste ano, em shows non-stop. Ou seja, praticamente sem intervalos! Fora isso, o João Rock se projeta nacionalmente como um grande e bem estruturado festival, além da variedade de estilos musicais, o que o torna ainda mais atrativo no que diz respeito à música pop.

O cantor e compositor Zeca Baleiro se apresenta pela primeira vez no festival e adianta que seu show será marcado pelo rock. “Já ouço falar do festival há algum tempo, sei que a “vibe” é boa e divertida. Tinha vontade de ir. Também tenho um carinho imenso pelo público de Ribeirão Preto, fiz alguns shows memoráveis nessa cidade. O público pode esperar um show bastante caloroso e com pegada rock’n’roll, ainda que um rock mestiço, miscigenado — afinal tocaremos no João Rock e não no João Baião”, brinca.

Já Falcão, vocalista d’O Rappa, acredita que o festival já entrou para a história da banda. “O João Rock é uma dessas oportunidades para ver a força do público do interior paulista, com excursões de outras cidades e que mobiliza a galera das faculdades. São poucos os eventos que reúnem detalhes desse tipo e se transformam em festivais especiais. O João Rock é um deles. Quando você sabe que vai tocar em um lugar assim, não tem como não chegar ainda mais pilhado, principalmente ao lado de artistas desse porte. A honra é nossa”, comenta.

Veja um pouco do que registramos na última edição:

Confira a ordem dos shows do Palco João Rock:

Palco 1
16h30 – Banda CNA: Dias de Truta (1º)
18h15 – Zeca Baleiro (3º)
20h25 – Jota Quest (5º)
22h35 – O Rappa (7º)
00h55 – Criolo (9º)

Palco 2
17h10 – Agridoce (Pitty & Martin) (2º)
19h20 – Monobloco (4º)
21h30 – Charlie Brown Jr. (6º)
23h40 – CPM 22 (8º)

Palco Universitário Fora do Eixo
18h00 – Nevilton (PR)
19h30 – Aláfia + Lurdez da Luz (SP)
21h00 – Chavala Talhada
22h30 – Macaco Bong (MT)
00h00 – Black Drawing Chalks (GO)

O festival acontece próximo sábado, 23/06, no Parque Permanente de Exposições, e os portões serão abertos às 15h. Os ingressos (pista, camarotes e área vip) custam de R$ 40 a R$ 210, e podem ser comprados através do site oficial, entre outros pontos de venda. Saiba como chegar ao local:

#Dica do Varal: ir com roupas leves e sapato confortável, levar uma blusa de frio e, se quiser descansar nos intervalos, leve uma canga/toalha para sentar no chão. O evento conta com praça de alimentação e banheiros químicos.

Impressões: os shows de janeiro a março

O primeiro show do ano foi o da cantora nordestina Karina Buhr, no dia 19 de janeiro. Irreverente, Karina brinca com a voz, ousa no figurino e faz extravagâncias no palco. Gira o microfone em volta do corpo em quase todos os shows, deita no palco e balança muito o cabelo. Dá pra ter uma noção da performance aqui nesses vídeos. Destaque também para dois nomes de peso que compõe a banda: Edgard Scandurra, na guitarra, e Guizado, no trompete. Confira algumas fotos aqui!

Ainda em janeiro, no dia 26, a banda paulistana Sambasonics mostrou a mistura de samba e groove com um repertório recheado de clássicos. O cantor Marku Ribas foi convidado para participar do show e relembrou alguns de seus sucessos como Beira D’Água e Zamba Bem.

No comecinho de fevereiro, no dia 2, foi a vez da banda argentina PolleraPantalón se apresentar no Sesc. O som instrumental da banda teve origem nas ruas e só depois chegou aos palcos. O grupo mescla funk, ska, tango, além da chacarera, ritmo folclórico argentino. Depois que estiveram no Brasil pela primera vez, em 2011, a banda fez questão de acrescentar outros estilos como chorinho e samba em seu repertório. Confira vídeos e fotos aqui e aqui.

Na semana seguinte, Ribeirão recebeu o Nublu Jazz Festival, com uma ótima programação de artistas nacionais e internacionais. As apresentações aconteceram no Teatro Municipal e no Galpão do Sesc. No dia 8/2, no Municipal, a banda MarginalS subiu ao palco acompanhada de Rodrigo Brandão. Logo em seguida, foi a vez da banda nova iorquina de trip-hop Wax Poetic. A cantora Tulipa Ruiz fez uma participação especial com a banda cantando duas músicas: Brocal Dourado e a (então) inédita Assim, Assim – cujo vídeo já rodou a blogosfera brasileira, além de alguns sites internacionais.

Na outra noite, já no Sesc, a banda N’Dea Davenport & Celectrixx agitou o público. Na sequência, veio a banda mais esperada da noite: Dom Salvador & Abolição, com a ilustre presença do cantor e ator Toni Tornado. Um show empolgante de soul e funk legítimos, com várias músicas que marcaram a história no começo da década de 1970. Veja os vídeos aqui e fotos aqui.

Para encerrar o festival, esteve no Municipal, o conjunto de 14 integrantes Sun Ra Arkestra, direto dos Estados Unidos. O show foi uma verdadeira viagem cósmica no jazz e na música africana!

No dia 15 de fevereiro, esteve no auditório o Duofel, a dupla de violonistas Fernando Melo e Luiz Bueno. O show, intitulado “Duofel Plays The Beatles”, faz parte do segundo DVD da dupla, gravado no lendário The Cavern Club, lugar onde os garotos de Liverpool iniciaram sua história. Além do belo repertório da apresentação, fica até feio resumir o domínio que eles têm sob os violões em poucas palavras. Um primor, um show imperdível!

No dia seguinte o pernambucano Lirinha esteve no Galpão para lançar seu primeiro disco solo, “Lira”. Depois de deixar a banda Cordel do Fogo Encantado, em 2010, o vocalista Lirinha decidiu se descobrir. Segundo ele, a busca por uma nova estética era o seu maior desejo. Apesar do novo repertório, Lirinha não deixou de expor sua paixão pela poesia e fez várias citações durante a apresentação. “Lira” está disponível para download gratuito, no site do cantor.

No final de fevereiro, dia 23, esteve em Ribeirão o cantor Zeca Baleiro, para o show mais esperado do mês. Depois de esgotar os ingressos em poucas horas e deixar parte dos fãs de fora do show, Zeca Baleiro, apesar de parecer abatido por conta dos shows durante o carnaval, arrebatou as mais de 400 pessoas presentes. O show relembrou seus maiores sucessos, como Babylon, Telegrama, Heavy Metal do Senhor, além da inédita Nada Além, que será lançada ainda em abril em seu novo disco. Zeca é experiente, sabe bem como agradar seu público e o show se completa com sua ótima banda, formada pelos músicos Tuco Marcondes (guitarras, violões e vocais), Fernando Nunes (baixo), Pedro Cunha (teclados e acordeom) e Kuki Stolarski (bateria e percussão). Para quem não acompanhou, o Varal Diverso fez um pequeno podcast com o artista, confira!

Para inaugurar o mês de março, a banda Gafieira de Luxo, prata da casa, formada pelo trombonista Mauro Zacharias e o pianista Paulo Lakimé, além de outros músicos de Ribeirão, convidaram a carioca Nina Becker para um show de clássicos do samba de gafieira. Confira algumas fotos aqui e vídeos aqui!

Também em março, no dia 15, a banda mineira Graveola e o Lixo Polifônico se apresentou no Galpão para o lançamento de seu novo disco “Eu preciso de um liquidificador” (disponível para download aqui). Os mineiros passaram por aqui em 2010 (conforme comentamos no nosso post inaugural), mas com uma formação “reduzida”. Dessa vez, com o time completo, fizeram um show impecável, mostrando a constante evolução que o grupo passa desde o primeiro trabalho. Destaque para a divertida Insensatez, que contou com o sapateado especial de Rê Defina! E aqui vai uma dica que ‘descobrimos’ após o show: Juliana Perdigão. Responsável pelas flautas, clarinetas, e pela bela voz de “Nesse instante só”, Juliana também disbonibiliza seu ótimo disco “Álbum Desconhecido” em seu site. Vale a pena!

Quer mais? Confira outras fotos desses (e de diversos) shows nos nossos Flickr e Picasa. Aproveite e visite nosso canal de YouTube, com centenas de vídeos dos eventos que sempre citamos por aqui. Comente!

Impressões + podcast: Zeca Baleiro (23/02)

Com os ingressos esgotados em poucas horas, era grande a expectativa para o show de Zeca Baleiro. Muitas pessoas não entenderam a nova postura adotada pelo SESC de trazer grandes atrações para um público de 400 pessoas. Em nota, o SESC esclareceu os motivos para não realizar o show em seu ginásio, que teria uma capacidade maior que a do Galpão:

[…] Se a opção é programar com frequência, não podemos utilizar o Ginásio. A razão é matemática. Antes dos números, note-se que o Galpão de Eventos tem seu palco, estrutura de camarim, sanitários, iluminação, sonorização e bar. Para realizar shows no Ginásio é preciso interromper as atividades que acontecem neste local. Para cada dia de show mais dois dias são necessários para montagem e desmontagem da estrutura. Três dias sem atividades no Ginásio significa não atender aproximadamente 1.000 pessoas. Some-se a isto o fato de o Galpão ficar sem uma atividade e deixar de atender a 400 pessoas. […]

Muitas pessoas se manifestaram pelas redes sociais criticando tal postura, porém, temos que levar em conta a oportunidade de ver shows maiores mesmo que para um público pequeno. Embora muitos tenham ficado de fora deste show, devemos reconhecer o papel cultural desenvolvido pelo SESC quase que diariamente trazendo artistas e músicos do mundo todo.

Bate-papo
Zeca Baleiro recebeu a imprensa em uma pequena coletiva antes do show. Paciente como de costume, o cantor falou sobre suas influências musicais e o lançamento – previsto para março – de seu novo disco, “O disco do ano”. O bate-papo pode ser conferido no nosso primeiro podcast:

O show
Assim que a banda subiu ao palco, já dava para perceber a empolgação do público, que aguardava o show a quase 2 meses. Ao lado de Tuco Marcondes, FernandoNunes, Pedro Cunha e Kuki Stolarski, Zeca Baleiro fez uma retrospectiva de sua carreira, relembrando seus maiores sucessos, como Telegrama, Lenha, Quase NadaBabylon, entre outras. Seus hits empolgaram durante todo o show, mas foi na última música do bisHeavy Metal do Senhor, que o público se deu por satisfeito com a apresentação.

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Veja mais fotos aqui e aqui. E quem ficou de fora pode conferir alguns vídeos que registramos: