Programação de janeiro do Sesc Ribeirão Preto

Varal Diverso separou alguns dos destaques da programação de janeiro do Sesc Ribeirão Preto.

Foto: DivulgaçãoJoão da Gaita (09/01, quinta-feira – Galpão de Eventos)
O gaitista, cantor e compositor João da Gaita apresenta seu repertório autoral que mistura blues, samba e outros estilos musicais. Além de lançar o clipe da música “It Just Depends On You”, o show também servirá para a gravação de seu primeiro DVD, que será disponibilizado virtualmente. João da Gaita sobe ao palco acompanhado por Beto Leoneti (teclados), Gabriel Molina (guitarra), Beto Braz (baixo) e Alcimar Santos (bateria), além de Gabriela Francheck e Fernanda Marx, nos backings vocals. Este será um dos últimos shows de João no Brasil: no próximo dia 19, o músico embarca para os Estados Unidos, para dar início à sua carreira internacional.

Verônica Ferriani (15/01, quarta-feira – Auditório)
A cantora e compositora Verônica Ferriani retorna à Ribeirão Preto para apresentar o álbum Porque a boca fala aquilo do que o coração tá cheio, seu segundo disco solo, lançado no final de 2013. Quer saber mais sobre este trabalho? O Varal Diverso entrevistou a cantora em outubro, confira!

Banda Balaco (16/01, quinta-feira – Galpão de Eventos)
Em busca do baile perfeito, a Banda Balaco convida para a festa “Tim Maia & Jorge Ben Jor”, uma noite especial em homenagem à carreira dos reis do groove nacional. No show, a banda põe todo mundo para dançar em uma viagem musical que passa pelas diversas fases dos artistas.

Zé Vito (22/01, quarta-feira – Auditório)
O ribeirão-pretano Zé Vito lança seu primeiro disco, Diplomático, com produção assinada por Bruno Giorgi e Pedro Costa. Victor Gottardi começou a compor em 2006 e logo montou sua primeira banda, o Sobrado 112, com quem lançou três discos. Compositor, cantor e guitarrista, o músico também faz parte da big band carioca Abayomy Afrobeat Orquestra, além de acompanhar o compositor Jards Macalé.

Foto: Divulgação

DJ Tudo e Sua Gente de Todo Lugar (23/01, quinta-feira – Galpão de Eventos)
Foto: Paulo PereiraShow de lançamento do novo disco do músico e pesquisador Alfredo Bello, o DJ Tudo, que propõe neste trabalho uma celebração do universo multicultural das tradições brasileiras. Pancada Motor – Manifesto da Festa é formado por canções fortemente influenciadas pelas manifestações populares alagoanas, como o baianá, samba de matuto e caboclinha, além da presença de elementos do maracatu rural de Pernambuco. Todos esses timbres brasileiros são misturados entre si e com tantos outros da música mundial, gerando uma estética que combina o tradicional e o contemporâneo, em uma obra que, nas palavras de Alfredo, resulta em um “disco de dança, transe e sonho”.

Foto: Varal Diverso

Tulipa Ruiz no Sesc Ribeirão Preto, lançando o disco Êfemera, em 2011. Foto: Varal Diverso

Tulipa Ruiz (30/01, quinta-feira – Galpão de Eventos)
Após quase três anos desde o primeiro show em Ribeirão Preto, a cantora Tulipa Ruiz retorna ao Sesc para apresentar as músicas de seu mais recente trabalho, o disco Tudo Tanto (2012), que conta com participações de Lulu Santos, Criolo e São Paulo Underground, entre outros. A cantora e compositora, que já conquistou diversos prêmios, como o APCA e Multishow, sobe ao palco acompanhada pelo pai Luiz Chagas (guitarrista da Isca de Polícia, banda que acompanhou Itamar Assumpção), Gustavo Ruiz (irmão, guitarrista e produtor), Caio Lopes (bateria) e Marcio Arantes (baixo).

Foto: DivulgaçãoFabiana Cozza & Os Etanóis (31/01, sexta-feira – Auditório)
O grupo ribeirão-pretano Os Etanóis convida a cantora Fabiana Cozza para fazer uma homenagem ao cantor e compositor Délcio Carvalho, que faleceu no fim de 2013. Ótima oportunidade para o público relembrar os sucessos do sambista, como “Sonho meu”, “Acreditar” e “Alvorecer”, e também para conhecer sua trajetória artística, como a grande parceria com Dona Ivone Lara e de outros compositores como Nei Lopes, Elton Medeiros, Noca da Portela, Zé Keti, Wilson das Neves, Mario Lago Filho, entre outros.

Os ingressos para os shows no Galpão de Eventos e no Auditório custam R$ 10 (inteira); R$ 5 (estudantes e usuários matriculados) e R$ 2 (comerciários). O Sesc fica na rua Tibiriçá, 50 (Centro). Mais informações pelo telefone: 3977-4477. Aproveite e curta a página do Sesc no Facebook e fique por dentro das promoções que rolam por lá!

Confira a programação completa:

Verônica Ferriani escolhe Ribeirão para lançar seu segundo disco

“Porque a boca fala aquilo do que coração tá cheio” será lançado nesta sexta-feira (18/10) e vem recheado de experimentalismo instrumental e canções autorais

O palco de Teatro Municipal de Ribeirão Preto foi o local escolhido para o lançamento do disco Porque a boca fala aquilo do que coração tá cheio, da cantora e instrumentista Verônica Ferriani, no dia 18 de outubro, às 21h. Não por acaso, Verônica volta à sua terra natal trazendo na bagagem a experiência que conquistou ao longo de mais de 10 anos de carreira junto a nomes como Chico Saraiva, Beth Carvalho, Ivan Lins, Jair Rodrigues, Tom Zé, Toquinho e tantos outros ícones da música brasileira.

A veia compositora de Verônica veio à tona e ganhou apoio do produtor Gustavo Ruiz (irmão de Tulipa Ruiz), que se juntou ao seu antigo parceiro de produção Marcelo Cabral. Os dois assinam também a direção musical do espetáculo, que traz os músicos Guilherme Held (guitarra), Sergio Machado (bateria) e Rodrigo Campos (guitarra e violão).

Amor é amor, ué

“Esse disco nasce do desejo e da coragem de sair da zona de conforto”, disse Verônica. “Sempre gostei de escrever e desde criança tive por perto o violão, mas só recentemente tive motivos e inspiração para compor. Virou um vício. Passei um desses processos mais intensos de reflexão e revisão interior e ali as músicas foram surgindo.”

Sobre o show de lançamento do disco, Verônica explica que é uma história de amor, já que todas as músicas falam sobre o tema. Mas os românticos em excesso que se cuidem porque ironia, sarcasmo e vingança feminina também fazem parte dos recortes que cada canção proporcionou ao tema.

E as intenções de Verônica são tão apaixonadas quanto o novo disco. Depois de Ribeirão, a cantora parte para o Japão com sua nova turnê. E antes de tudo isso, Verônica disponibilizou pra gente a música inédita “Estampa e só”, que você pode ouvir aqui:

Leia abaixo a entrevista exclusiva que ela concedeu ao Varal Diverso.

Verônica, do início da sua carreira, em 2003, é possível notar um certo “alargamento” musical que começou no samba e partiu para outros experimentos. Como tem sido essa fusão de influências?
Na verdade, comecei cantando, paralelamente, dois trabalhos um tanto diversos entre si, o que talvez já demonstrasse esta gama de referências e desejos musicais. De um lado, a participação nos shows de Chico Saraiva, trabalho autoral com referência na MPB de Guinga e Tom Jobim, mas bastante experimental, principalmente no sentido melódico/harmônico, vencedor do Prêmio Visa 2003. De outro, as rodas de samba raiz que me levaram a longas temporadas no Carioca da Gema e no Ó do Borogodó, às participações junto à Velha Guarda, Beth Carvalho e Moacyr Luz. É certo que o samba, também por ser um gênero mais popular, me abriu espaços também mais populares; porém, a vontade de trabalhar com repertório autoral já se mostrava presente. Até que, em 2009, gravei o disco Sobre Palavras, com 13 canções inéditas de Chico Saraiva e Mauro Aguiar, projeto coletivo que até hoje segue em turnês esporádicas. Alguns meses antes deste disco, ainda em 2009, tinha gravado meu primeiro disco solo, homônimo, com apenas 2 inéditas e 8 releituras de canções menos conhecidas de compositores como Paulinho da Viola e Gonzaguinha, após uma profunda pesquisa junto ao BiD, produtor musical. Embora estivesse bastante ligada ao samba e este disco tenha como linha mestra o gênero, a ideia foi fazer uma pesquisa de sonoridade com influência setentista, com piano rhodes, e muita percussão, sem bateria, como influência do samba mas também da música latina, africana e da MPB contemporânea. Antes, eu havia declinado a dois convites para gravar discos tradicionais do gênero, por sentir justamente que este não representava a totalidade de minhas referências. O maior passo nesse sentido do “alargamento” musical talvez esteja de fato ocorrendo agora, ao compor e gravar minhas próprias canções. Sempre achei que isso fosse acontecer um dia, principalmente ao voltar a me aproximar do violão e também por gostar desde sempre de escrever. Faltava algo que me inspirasse definitivamente, e tempo para me dedicar a isso, o que veio em 2011. O fato de estar amparada exclusivamente pela galera da nova geração também é, sim, uma novidade, embora meu primeiro encontro com Marcelo Cabral e Gustavo Ruiz tenha sido ainda em 2007, ao gravarmos o Programa Som Brasil (TV Globo). Minha história com Cabral vem ainda de antes, pois estudamos música e começamos a tocar juntos. A verdade é que acredito que eu ainda vá fazer muitos discos diferentes entre si, tenho em mente projetos diversos e vontade de experimentar vários caminhos. Minha coerência é minha liberdade, amparada provavelmente no momento emocional em que eu me encontrar a cada novo trabalho. Por isso o nome do disco se explica também nesse sentido: “Porque a boca fala aquilo do que coração tá cheio”.

Ribeirão Preto é sua cidade natal, mas seu nome ganhou notoriedade a partir de apresentações no Rio de Janeiro e em São Paulo. Por que escolheu Ribeirão para lançar seu segundo disco?
Apesar de eu ter começado a cantar já morando em São Paulo e frequentando o Rio, tenho uma conexão emocional forte com a cidade através de minha família, que ainda mora aqui, amigos, e até pelo fato de eu ter tido, através deles, meus primeiros contatos e referências em música. Apesar de morar em São Paulo há tantos anos, de alguma forma ainda me sinto mais uma garota do interior do que uma paulistana cosmopolita.

Depois daqui, você sai em turnê pelo Japão. Haverá algo de diferente no repertório dessas apresentações? Por que o Japão?
Como os shows no Japão serão também pelo lançamento do disco, o repertório será o mesmo. Há cerca de quase um ano recebi este convite da Embaixada do Brasil em Tóquio, e para o projeto “Novas Vozes do Brasil”, que valoriza justamente o que tem sido feito pela nova geração aqui. Percebendo que o disco ficaria pronto a tempo, sugeri que levássemos este show. Eles ouviram o disco, ainda em fase de pré-produção, e gostaram, decidindo inclusive lançá-lo em edição japonesa simultânea, pela Latina.

Seu segundo disco é totalmente autoral. Como foi o processo de composição e a escolha das influências?
Em 2008 fiz minha primeira música, “Tu, neguinha”, ao lado de Giana Viscardi. Ali foi nascendo o desejo de compor, mas somente no início de 2011, quando eu estava muito próxima ao violão e voltando a escrever — em um mês sabático na praia de Caraíva, na Bahia —, é que senti ter inspiração e tempo pra isso. Lá fiz 6 ou 7 músicas e, a partir daí, a dedicação virou quase diária, aonde quer que eu estivesse. Foram quase 30 músicas fechadas, das quais escolhemos 11 para o disco.

O que o público poderá esperar no lançamento do seu disco no Teatro Municipal, no dia 18/10?
Um show dedicado exclusivamente às canções do disco, sem concessões, e algumas poucas de autores que por algum motivo tenham me inspirado ou façam parte deste universo.

Quais músicos de Ribeirão Preto que você considera especiais na sua trajetória de alguma maneira?
Logo que comecei cantei algumas vezes com a dupla de acordeonistas Gilda Montans e Meire, junto também ao Carlito e Deva. Cantei algumas vezes com o saudoso Mário Feres, tenho feito alguns shows dedicados ao Vinícius de Moraes também junto ao Alê Machado. Esta semana estou gravando uma faixa no novo disco de Dimi Zumquê, que também tem como convidada Elza Soares.

Há alguma faixa especial do novo disco que tem uma história inusitada, diferente?
Acho que algumas passagens de diversas músicas trazem detalhes únicos, que irão provocar de alguma forma quem as ouvir. Há um lado bem passional no disco, outro um tanto frágil, diferente do blasé e da segurança que hoje muitas composições embutem a seus personagens.

Onde o disco estará à venda?
Nos shows de lançamento o disco estará à venda por R$ 10, uma contrapartida ao ProAC (edital estadual que possibilitou que o projeto fosse patrocinado pela Bebidas Ipiranga e Uniforja), e que achamos importante a fim de ampliar o acesso à música autoral, bem como os ingressos a R$ 5 e 2,50 (meia). Depois disso, o disco estará em venda exclusiva na Livraria Paraler e, a partir de novembro, nas lojas do ramo.

VERÔNICA FERRIANI
Porque a boca fala aquilo do que o coração tá cheio
18/10 (sexta), às 21h
R$ 2,50 (meia) / R$ 5

O Teatro Municipal fica na praça Alto do São Bento, s/nº, no Jardim Mosteiro. Telefone: (16) 3625-6841

Texto: Francine Micheli
Edição e vídeos: Paulo Gallo
Fotos: Divulgação

Feira Nacional do Livro – Boletim #2

Ivan Lins fechou a noite de sexta na Feira do Livro, tocando seus maiores sucessos. O público foi chegando aos poucos e acomodando as cadeiras na frente do palco. Ivan interpretou as músicas que mais marcaram sua carreira, dentre elas,  Abre Alas, Somos Todos Iguais Essa Noite, Sou Eu, Saudade de Casa, Meu País, Novo Tempo e uma das mais esperadas, Madalena. Ivan destacou a importância de festivais e feiras de literatura no Brasil. O cantor disse que a Feira do Livro de Ribeirão é um exemplo de incentivo à leitura, principalmente num país onde se lê tão pouco e se elege tão mal os governantes.

No sábado foi a vez do Coral Minaz abrilhantar o Theatro Pedro II com a peça musical “Ópera do Malandro”. A companhia se apresentou com o Pedro II completamente lotado e arrancou aplausos e risos de toda a plateia. A peça foi escrita por Chico Buarque e estreou há mais de 5 anos, desde então é sucesso absoluto. O Coral Minaz e a “Orquestra Popular” fazem um espetáculo grandioso e mágico.

Mais tarde, novamente no Pedro II, os jornalistas Caco Barcellos, Domingos Meirelles e Maurício Kubrusly se reuniram na Mesa de Debates com a ilustre mediação de Saulo Gomes. Depois de contarem um pouco sobre a carreira de cada um, o público presente pode fazer algumas perguntas para o debate, como a obrigatoriedade do diploma de jornalismo e a ética das atividades da Rede Globo, entre outras.

A noite de sábado foi especial! Segundo a Fundação Feira do Livro, 18 mil pessoas assistiram ao show da cantora Gal Costa, um dos mais aguardados da programação. Gal chegou arrebatando os olhares com uma túnica vermelha esvoaçante, ao som da música Eu Vim da Bahia, seguida por Azul. Gal Costa apresentou o show “In Concert”, onde interpreta sucessos que a consagraram e destacaram como uma das vozes mais bonitas da MPB. Bastante simpática, a cantora conversou por diversas vezes com a plateia, que respondia sempre empolgada. No repertório estavam, entre outras, Meu Bem, Meu Mal, Vatapá, Chega de Saudade, Wave, Garota de Ipanema, Você Não Entende Nada, Quem Te Viu, Quem Te Vê, Baby, Aquarela do Brasil e Vapor Barato.

Na manhã de domingo foi a vez de Verônica Ferriani abrir o dia no parque Maurílio Biagi, um novo espaço para esta edição da Feira. A cantora ribeirão-pretana colocou para sambar o bom público presente, que a acompanhou em diversas músicas, como Saudosa Maloca, de Adoniran Barbosa, e Tipo Zero, de Noel Rosa. Dona de uma voz afinadíssima, Verônica é uma das boas revelações desta nova safra de cantoras da MPB. Destaque também para a Pressentimento.

Mais tarde passamos no Theatro Pedro II para assistir o show de José Miguel Wisnik e Mônica Salmaso. A cantora, porém, só pode subir ao palco para se desculpar, pois havia perdido a voz e não poderia se apresentar. Restou então acompanharmos um ótimo show do simpático pianista, que mostrou belas canções como Assum Branco e Dois Em Um, parceria com Alice Ruiz.

Logo depois foi a vez da Mesa de Debates, também no Pedro II. Os autores Heloísa Prieto, Cristina Silveira, Chico Alencar e Daniel Munduruku conversaram sobre diversos temas da literatura infantil. Entre vários, falaram do mundo que estamos deixando para as crianças e como prepará-las para a realidade: esconder ou contar? Segundo Heloísa, “devemos contar sim, pois elas precisam aprender a se protegerem”.

Para fechar este domingo tão cheio, foi a vez de Paulinho Moska subir ao palco principal da Feira do Livro. Trazendo para Ribeirão Preto seu novo show “Muito Pouco”, o artista mostrou suas mais recentes canções, como Semicoisas, a primeira da noite e que veio acompanhada por Muito Pouco, também conhecida na voz de Maria Rita. Em seguida vieram Deve Ser o Amor, Provavelmente Você, Saudade (parceria com Chico César) e Devagar, Divagar ou De Vagar?. Esbanjando simpatia, Moska atendeu aos muitos pediso e tocou também alguns clássicos de sua carreira, como A Seta e o Alvo, A Idade do Céu, Admito Que Perdi (com direito a trecho de Billie Jean), Tudo Novo de Novo e a mais pedida da noite: O Último Dia.

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Confira mais fotos aqui e aqui.

Paulinho Moska é o destaque deste domingo na Feira do Livro

A dica para começar bem este quarto dia de eventos na 11ª Feira Nacional do Livro é passar no parque Maurílio Biagi (às 10h) e acompanhar o show da ribeirãopretana Verônica Ferriani, dona de uma bela voz e que vem sido bastante elogiada pela crítica. Um pouco mais tarde, às 11h, a jornalista Olga Curado participa do Salão de Ideias no Auditório Meira Júnior. Autora de diversos livros, Olga foi responsável pela imagem de Dilma Rousseff durante a disputa eleitoral. José Miguel Wisnick e Mônica Salmaso prometem um ótimo show às 14h, no Theatro Pedro II – local que também recebe o navegador e escritor Amyr Klink, às 18h30. Para fechar a noite, dois ótimos shows: a banda ribeirãopretana MPP abre o show “Muito Pouco”, de Moska, na esplanada do Theatro Pedro II. Várias dicas para você sair de casa neste domingo!

Lembramos que, para os eventos realizados em locais fechados, é necessário retirar senha com 1h de antecedência, distribuída gratuitamente na Central de Informações, na esplanada do Theatro Pedro II.

Confira a programação deste domingo (29/05):

9h, na marquise do Theatro Pedro II:
Coral Lótus, da Associação Brasil SG, sob regência de Silvia Maggioni

9h, no Auditório Meira Júnior:
Entrega do Prémio Literário da categorias Estudantil Municipal

9h, no Auditório Palace:
Bate-papo com Elisa Alderani, Célia Apparecida Barbosa e Wanise de Ávila, autoras locais, com mediação de Adélia Ouêd

10h, no parque Maurílio Biagi:
Show com Verônica Ferriani

10h, na esplanada do Theatro Pedro II:
Show infantil com Márcio Coelho e Ana Favaretto

11h, no Auditório Meira Júnior:
Salão de Ideias com a jornalista Olga Curado

13h30, no Auditório Palace:
Salão de Ideias com o assessor, economista e professor Antônio Vicente Golfeto

14h, no Auditório Meira Júnior:
Café Filosófico com a jornalista e escritora Rosana Zaidan

14h, no Theatro Pedro II
Show com José Miguel Wisnik e Mônica Salmaso

14h, no Espaço Grécia:
Peça: “Os Limpantes”

16h, no Auditório Meira Júnior
Nossa Aldeia: leitura dramática do texto “Nua para o escritor, vestida para a humanidade”, de Maris Ester, pela atriz Débora Duboc

16h30, no Theatro Pedro II:
Mesa de Debates sobre literatura infantil com Heloísa Pietro, Cristina Silveira, Chico Alencar e Daniel Munduruku

18h30, no Theatro Pedro II:
Conferência com o navegador e escritor Amyr Klink

18h30, na Arena Cultural Luciana Savaget:
Palavra Cantada com Regina Dias homenageando Nelson Cavaquinho (comentários de Mirella Furtado Greco)

20h, na esplanada do Theatro Pedro II:
Show “Mar de Cana”, com a banda MPP

21h, na esplanada do Theatro Pedro II:
Show “Muito Pouco”, com Moska

Para mais detalhes, confira a programação completa no site da Feira do Livro.

Retrospectiva 2010

O post de inauguração do Varal é sobre os melhores shows que aconteceram em Ribeirão Preto em 2010.

MAIO

O primeiro bom show foi do grupo Couro & Cordas, uma homenagem à Adoniran Barbosa, interpretado pelo ator Fausto Ribeiro. O show foi parte do projeto Ponto de Encontro, no shopping Santa Úrsula, que estava lotado com pessoas de todas as idades. Os clássicos de Adoniran são atemporais! Músicas como Trem das Onze e Samba do Arnesto levaram o público ao delírio!

JUNHO

Junho é um mês especial para os ribeirão-pretanos, pois acontece a Feira Nacional do Livro. Um evento grandioso, repleto de boas atrações culturais, inclusive shows de grandes artistas.

O primeiro show da Feira do Livro de 2010 foi com o Clube da Esquina. O primeiro a subir ao palco foi Flávio Venturini, mostrando um pouco de seu mais recente DVD, além de emocionar o público com seus grandes clássicos, como Noites Com Sol e Todo Azul do Mar. Depois vieram Milton Nascimento (que dispensa comentários) e Lô Borges, completando o saudoso grupo dos anos 70. Uma noite que ficou na memória!

No dia seguinte foi a vez de Nana Caymmi. Logo na primeira música já dava para saber que seria mais uma grande noite. O público praticamente sussurrava suas músicas, demonstrando ali um grande respeito pela cantora. Depois de cantar sucessos como Nossa Canção e Não Se Esqueças de Mim, Nana fechou o show com Suíte do Pescador, música de seu pai, Dorival Caymmi.

Os cariocas do Pedro Luís e a Parede foram a atração do sábado. A batucada animou os curiosos e esquentou a noite fria no centro da cidade. O grupo abriu o show com as músicas do último disco, Ponto Enredo, e depois agitou o público com canções como Caio No Suingue, Pena de Vida, Navilouca/Miséria no Japão, Menina Bonita (esta acompanhada por Mas, Que Nada), entre outras.

Depois de Pedro Luís, foi a vez de sua esposa comandar o palco da Feira. Parte da nova safra de cantoras da MPB, Roberta Sá fez um show alegre, incluindo no repertório músicas famosas na voz de outros cantores e grupos. Foi o caso de Casa Pré-FabricadaEu Sambo Mesmo, por exemplo. Mas tiveram também sucessos seus, como No BraseiroFogo e Gasolina, contrastando com a fria noite de domingo.

Segunda-feira foi o dia de Tom Zé apresentar seu último lançamento, o CD/DVD Pirulito da Ciência. Com 74 anos, ele parece ainda estar na adolescência. Além das brincadeiras (pulos, cambalhotas, danças, gemidos etc), o público ficou maravilhado com as inúmeras histórias contadas entre uma música e outra. Foi o caso de Augusta, Angélica e Consolação e Ui! (Você Inventa). Teve até música para vender seus discos!

Enrolado em uma bandeira do Acre (estado homenageado nesta edição da Feira), João Donato começou o show tocando o hino de sua terra. Com seu ritmo latino contagiante, misturando jazz, samba, bossa nova, mpb, Donato colocou todos para “bailar”. Mas ainda faltava algo… Esbanjando simpatia, Emílio Santiago subiu ao palco para dar voz às incríveis melodias do piano de Donato. Destaque para Amar ou SofrerSaigon, a mais pedida naquela noite de terça-feira. Um dos grandes momentos da Feira.

Quarta-feira foi dia de termos aulas de samba com o mestre Martinho da Vila. O show era baseado no recém-lançado CD/DVD O Pequeno Burguês, uma autobiografia dos mais de 30 anos de carreira do cantor. Com a praça completamente lotada, Martinho relembrou seus grandes sucessos, conhecidos por gente de todas as idades. É o caso de Mulheres, Canta Canta Minha Gente e Madalena do Jucu.

Dois dias depois foi a vez de Erasmo Carlos mostrar o seu Rock ‘n’ Roll, disco e show que vem rodando o país desde 2009. Alternando clássicos e músicas novas, como Gatinha Manhosa e Jogo Sujo, o Tremendão fez provavelmente o melhor show da Feira do Livro de 2011. Destaque para a homenagem que fez para o amigo Roberto Carlos, que faria um show na cidade no dia seguinte. Acompanhado apenas de um piano, Erasmo cantou algumas músicas da dupla, vindo às lágrimas por diversas vezes e emocionando também o público presente.

No sábado à tarde, acompanhamos o último show na Feira. No palco principal do Theatro Pedro II, o Los Porongas se apresentou para poucas pessoas, infelizmente. A banda acreana homenageou Chico Mendes, um seringueiro, sindicalista e ativista ambiental que lutava pela preservação da Amazônia e ficou mundialmente conhecido por causa de sua morte. De bigode, a banda fez um show instigante, com um som impecável, minimalista e tocante. Infelizmente não temos vídeos, e praticamente não se tem fotos desse show. Uma pena!

E pra fechar o mês de junho com chave de ouro, ainda no sábado, tivemos o privilégio de receber um show do rei Roberto Carlos em pleno aniversário da cidade. Tudo bem que esse não foi de graça como os shows da Feira do Livro, mas a chance de ver um show dele vale qualquer preço. Com o estádio Santa Cruz lotado, o rei emendou um clássico atrás de outro, emocionando as diversas gerações que estavam presente. E a fria noite que entrou para a história desta cidade ainda teve uma grande queima de fogos no final do show.

JULHO

Logo no começo do mês, um ótimo show no SESC. A banda ribeirão-pretana Balaco acompanhou um dos grandes nomes do samba-rock: Bebeto. Autor de grandes clássicos, como Segura a Nêga, Jéssica e Menina Carolina, Bebeto se entrosou muito fácil com a banda Balaco e colocaram pra dançar todo mundo que lotava o Galpão.

No dia 15/7 foi a vez do baiano Lucas Santtana subir no palco do SESC. Misturando samba, reggae e dub, Lucas animou os poucos presentes no local. Lançando disco novo, o Sem Nostalgia, Lucas Santtana & Seleção Natural (a banda que o acompanha) mesclou músicas novas com outras mais antigas, principalmente do penúltimo disco (3 Sessions in a Greenhouse) como Tijolo a Tijolo, Dinheiro a Dinheiro. Destaque para a versão de Faixa Amarela, famosa na voz de Zeca Pagodinho.

AGOSTO

Começamos agosto logo com dois shows no mesmo dia. O primeiro foi de Verônica Ferriani, cantora de Ribeirão Preto que está rodando o país e fazendo mais sucesso a cada dia que passa. O show foi uma homenagem ao centenário de Adoniran Barbosa e Noel Rosa, parte do ótimo projeto Ponto de Encontro, do shopping Santa Úrsula. Simpática e afinada, Verônica cantou clássicos como Feitiço da Vila, Trem das Onze e No Morro da Casa Verde/Saudosa Maloca.

O segundo show da noite foi do mineiro Beto Guedes, abertura do FAM (Festival da Alta Mogiana) no querido (e esquecido) Teatro de Arena. Parte importante do Clube da Esquina, Beto Guedes emocionou o público com grandes clássicos, como Feira Moderna, Amor de Índio e Sol de Primavera.

Outro ótimo show do FAM foi da banda Eddie, de Pernambuco. Pouco conhecidos por aqui, a Eddie é parte importante do movimento mangue beat, idealizado por Chico Science e Fred 04. Mesclando rock com ritmos regionais, como o maracatu e o frevo, a banda colocou todos para dançar, como se estivessem em pleno carnaval de Olinda. Destaque para Quando a Maré Encher (mais conhecida na voz de Cássia Eller e da Nação Zumbi), Me Diga o Que Não Foi Legal e o frevo É de Fazer Chorar.

SETEMBRO

O único show “comentável” do mês de setembro foi o dos mineiros do Graveola e o Lixo Polifônico. E que show! Mesmo desfalcado de alguns integrantes (inclusive um dos cantores), a banda conseguiu ‘encher’ o Bronze em plena madrugada de terça para quarta. Alternando músicas de seus dois discos (ou “um disco e meio”, com dizem), rolou também alguns covers, como Crazy Pop Rock (de Gilberto Gil) e Lucy In The Sky With Diamonds, que fechou o show. Destaque para as belíssimas Antes do Azul (Papará) e Suprasonho.

OUTUBRO

Dia 15 rolou o Groselha Fuzz Sessions na Fnac, e a convidada da vez foi a pernambucana Lulina. Radicada em São Paulo desde a adolescência, a cantora conversou bastante com o curioso público, demonstrando uma grande simpatia. Depois de nove (!) discos caseiros, Lulina lançou em 2009 o primeiro disco, Cristalina, que acaba sendo uma releitura de sua carreira. A grudenta e bem humorada Balada do Paulista foi o grande ponto do show, sem deixar de citar Meu Príncipe, com sua letra ‘polêmica’.

NOVEMBRO

Pela segunda vez no ano, o Del Rey subiu no palco do SESC para fazer mais um grande show. China e (alguns do) Mombojó formam a banda de Recife que toca músicas de Roberto e Erasmo Carlos, bem ao estilo da Jovem Guarda. Demonstrando um grande entrosamento, o grupo emocionou com as clássicas Detalhes, Emoções e Como É Grande o Meu Amor Por Você, sempre passando por várias fases da carreira de Roberto Carlos. Exemplo disso foram Outra Vez, Quero Que Tudo Vá Para o Inferno e Só Vou Gostar de Quem Gosta de Mim.

Duas semanas depois foi a vez do Mombojó voltar a Ribeirão para comemorar os 6 anos da festa Groselha Fuzz. E em dose dupla! Primeiro foi com um pocket show na Fnac, que já valeu a noite só por terem tocado duas músicas que raramente entram no setlist: Minar e Baú. Mostrando o novo disco, o elogiado Amigo do Tempo, a banda fechou o show com seu novo hit, Papapa.

O segundo show foi mais tarde, no espaço GOA Lounge, local que estava bem cheio. Alternando músicas do disco novo, como Casa Caiada, e outras dos anteriores, como O Céu, o Sol e o Mar, o Mombojó fechou a noite em grande estilo, tocando as clássicas Faaca e Deixe-se Acreditar, para delírio do público.

DEZEMBRO

No começo do mês, comemorando o Dia Mundial da Luta Contra a AIDS, o SESC trouxe Mallu Magalhães, precoce talento da música brasileira. Mallu subiu ao palco carregando seu violão, e cantou algumas canções sozinha, ainda sem sua banda, mostrando um pouco de suas influências, como Jorge Ben Jor (Por Causa de Você, Menina), Caetano Veloso (Sozinho e Coração Vagabundo), além de Bob Dylan, Johnny Cash e Billie Holiday. Lançando o segundo disco homônimo, Mallu demonstrou estar muito mais madura, apesar dos 18 anos. Novos ritmos foram adicionados ao seu já conhecido folk rock, como o reggae (Shine Yellow, música de trabalho), samba e rock (My Home Is My Man). Destaque também para suas canções mais conhecidas, como Tchubaruba, Vanguart, J1 e Don’t You Look Back.

Pra fechar o ótimo ano, mais um ótimo show. Vanguart, a banda de Cuiabá dos hits SemáforoCachaça, subiram no palco do Vila Dionísio para apresentar seu projeto paralelo VangBeats, onde tocam músicas dos The Beatles. Na primeira parte do animado show, músicas de seu (até agora) único disco, além da bela Hemisfério, atendendo a muitos pedidos. Simpático e com cara de satisfação, Hélio e cia. fecharam com Semáforo, cantada em coro pelo público que lotou a casa – deixando muitos para fora. Depois do intervalo foi a vez do VangBeats comandar a noite, com um repertório que parece ter sido escolhido a dedo: All My Loving, Help, She Loves You, Something e vários outros clássicos. Destaque para o trio de vozes, formado por Reginaldo Lincoln (baixo) e David Dafré (guitarra), além do vocalista Hélio Flanders. Já sem voz, Hélio passou a bola para Dafré fechar o perfeita noite com Can’t Buy Me Love, depois de tocarem os hinos Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band/With a Little Help From My Friends. Acho que esse vídeo resume tudo: